Obesidade

A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo excesso de gordura corporal. A OMS (Organização mundial da Saúde) a define como doença crônica prevalente em países desenvolvidos e em desenvolvimento, o que está substituindo preocupações de saúde pública mais tradicionais, como subnutrição e doenças infecciosas.

O excesso de peso e a obesidade ocorrem como consequência de um desequilíbrio entre a ingestão total de energia e o gasto energético total, além de fatores mais complexos como estilo de vida, fatores ambientais e genéticos, influências psicológicas, culturais e fisiológicas. Em geral, indica-se a obesidade pelo IMC (índice de massa corporal), o qual é calculado dividindo-se os quilos pela altura ao quadrado (kg/h2). Todavia, apesar de apresentar alta correlação com adiposidade, não quantifica a adiposidade corporal total ou fornece informação relativa à distribuição de gordura por região. A OMS recomenda uma classificação mais restrita da obesidade, na qual o sobrepeso é definido como IMC > 25 e a obesidade como IMC > 30.

Sendo a obesidade um excesso de adiposidade (gordura corporal), importante saber que o tecido adiposo é um órgão de armazenamento pronto para atender as necessidades de energia futura, além de ser um tecido metabólico ativo importante para o equilíbrio energético do corpo todo. É ele o responsável pela lipogênese (sintetização e armazenamento dos triglicerídeos – gorduras do nosso organismo – nos momentos de abundância de nutriente) e lipólise (degradação dos triglicerídeos para o fornecimento de energia para o corpo), porque suas células – adipócitos – são as únicas células especializadas em armazenar lipídeos na forma de triacilglicerois em seu citoplasma, sem que isso seja prejudicial para sua funcionalidade. 

Além disso, o tecido adiposo tem a função de secretar hormônios chamados de adipocinas, como a leptina (responsável por promover a sensação de saciedade), sendo, portanto, considerado um órgão endócrino.

A obesidade é uma doença muito complexa que está atrelada a várias outras doenças, como resistência à insulina, diabetes mellitus tipo 2, aterosclerose, hipertensão, isquemia cardíaca, esteatose hepática e dislipidemias.

A terapia nutricional aplicada à obesidade será em conjunto com outras terapias e prática de exercícios físicos, sendo necessário um acompanhamento multidisciplinar.

Portanto, se você esta lendo esse texto e já está com sobrepeso ou obesidade, procure ajuda de profissionais que o guiarão e ajudarão a ter uma vida mais saudável e feliz.

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